Stop the escalation of confrontation in Ukraine and Europe - Say no to war! Defend peace!

Tuesday, March 1, 2022

The Portuguese Council for Peace and Cooperation (CPPC) followed with great concern the worsening situation in Eastern Europe, which led to a new escalation in the military confrontation that has been taking place in Ukraine since 2014 and to the military intervention by the
Russian Federation in that country.

The CPPC calls for the immediate cessation of military operations, the adoption of gestures and the advancement of proposals that allow paving the way for a negotiated resolution of the conflict, an objective that should be the concern of all those who truly defend peace and respect the principles of the United Nations Charter.

The CPPC reaffirms the need to adopt measures to put an end to the policy of confrontation, which promote dialogue and the de-escalation of tensions and make it possible to find solutions with a view to ensuring collective security in Europe and in the world, because all States have the right to their security. In this sense, it is necessary that NATO abandons its intention to expand further into Eastern Europe, namely through the integration of Ukraine, and to reduce its military means and forces along the borders of the Russian Federation. The reactivation of international arms control and disarmament agreements and treaties, which the US unilaterally abandoned, such as the Anti-Ballistic Missile Treaty, the Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty or the Open Skies Treaty, is essential.

As the present clearly shows, it is not with more militarism, threats and sanctions that peace is defended. This was, in fact, the path that led to the present situation and the serious dangers that threaten Humanity. War is not a solution to Humanity's problems and it does not serve the interests of peoples, of all peoples, who are always its first victims. We say no to the war business, No to war! Yes to Peace!

The CPPC believes that Portugal should not contribute to the worsening of tensions. Its action must be guided by strict respect for the principles of the Constitution of the Portuguese Republic, which advocates the abolition of all types of aggression, domination and exploitation in the relations between peoples, as well as general, simultaneous and controlled disarmament, the dissolution of political-military blocs and the establishment of a system of collective security, with a view to creating an international order capable of ensuring peace and justice in the relations among peoples.

This is the path that best serves peace, this is the path that serves peoples. This is our commitment!

----------/---------

Travar a escalada de confronto na Ucrânia e na Europa
- Dizer não à guerra! Defender a paz!

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) acompanhou com grande apreensão o agravamento da situação no Leste da Europa, que levou a uma nova escalada no confronto militar que tem tido lugar na Ucrânia desde 2014 e à intervenção militar por parte da Federação da Rússia neste país.

O CPPC apela à imediata cessação das operações militares, à adoção de gestos e ao avançar de propostas que permitam abrir caminho à resolução negociada do conflito, objectivo que deve ser preocupação de todos quantos verdadeiramente defendem a paz e o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas.

O CPPC reafirma a necessidade da adoção de medidas que ponham fim à política de confrontação, que promovam o diálogo e o desanuviamento das tensões e possibilitem o encontrar de soluções com vista a assegurar a segurança colectiva na Europa e no Mundo, pois todos os Estados têm direito à sua segurança. Neste sentido, é necessário que a NATO abandone a intenção de se expandir ainda mais para o Leste da Europa, nomeadamente através da integração da Ucrânia, e reduza os seus meios e contingentes militares junto às fronteiras da Federação Russa. É essencial a reativação de acordos e tratados internacionais de controlo de armamentos e de desarmamento, que os EUA abandonaram unilateralmente, como o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos, o Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio ou o Tratado sobre o Regime de Céu Aberto.

Como o presente bem demonstra, não é com mais militarismo, ameaças e sanções que se defende a paz. Esse foi, aliás, o caminho que conduziu à presente situação e aos sérios perigos que ameaçam a Humanidade. A guerra não é solução para os problemas da Humanidade e não serve os interesses dos povos, de todos os povos, que são dela sempre as primeiras vítimas. Dizemos não ao negócio da guerra, Não à guerra! Sim à Paz!

O CPPC entende que Portugal não deve contribuir para o agravamento das tensões. A sua ação deve ser pautada pelo estrito respeito dos princípios da Constituição da República Portuguesa, que preconiza a abolição de quaisquer formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

É este o caminho que melhor serve a paz, é este o caminho que serve os povos. É este o nosso compromisso!